COMPARAÇÃO DA ACURÁCIA ENTRE OS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO POR HEMOCULTURA E PCR (REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE) EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE
Resumo
A pneumonia adquirida na comunidade é uma infecção contraída fora do ambiente hospitalar, a qual acomete, principalmente, as vias aéreas inferiores. Sendo comum durante a infância. Classicamente o paciente poderá apresentar sinais clínicos como: febre, tosse e dispneia. Durante o exame físico, o qual é imprescindível para o diagnóstico, podemos encontrar: retração intercostal, estridor expiratório contínuo e murmúrio vesicular diminuído. É comum que esse tipo de infecção seja resultante de uma exposição à bactérias. Contudo, não é o único patógeno causador dessa doença, podendo ser, também, vírus ou fungos. Os exemplos mais frequentes de agentes bacterianos causadores dessa doença são: Chlamydia pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e Streptococcus agalactiae. Vale lembrar que os agentes mais habituais variam de acordo com a faixa etária. Durante a prática clínica além dos recursos de padrão clínico e de exame físico, têm-se os exames de imagem (radiografia de tórax) e exames laboratoriais mais específicos. Dentre esses temos a hemograma com VHS e hemocultura. O presente trabalho procura demostrar à importância do PCR/RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase/Polimorfismo de Tamanho dos Fragmentos de Restrição) na identificação e caracterização das bactérias através da genotipagem do DNA. Sendo assim, verificar qual metodologia de diagnóstico etiológico (hemocultura ou PCR/RFLP) possui melhor acurácia na identificação bacteriana em pacientes pediátricos com pneumonia adquirida na comunidade. Para coleta de dados 50 pacientes pediátricos foram selecionados e atendidos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) na faixa etária de zero a doze anos. Os dados colhidos consistem em amostras de sangue dos pacientes, segundo critérios pré-determinados, e informações contidas no sistema de prontuário eletrônico da Secretaria de Estado de Saúde – DF (TrakCare). Em seguida, foram realizados ambos os exames para cada amostra de sangue colhida e feita a comparação entre os resultados obtidos com cada método. A PCR/RFLP foi realizada em três etapas: extração do DNA da amostra; realização da técnica de reação em cadeia da polimerase com digestão enzimática utilizando um padrão de digestão com a enzima de restrição Hae III a fim de estabelecer diferenças genéticas entre os microrganismos e definir qual está infectando o paciente. Por fim, os resultados foram concebidos através da análise dos fragmentos de DNA observados nas eletroforeses em gel de agarose e poliacrilamida. A hemocultura, por sua vez, foi realizada em três etapas, sendo a primeira a coleta adequada da amostra de sangue, evitando contaminações que pudessem interferir no resultado final; a segunda o adequado armazenamento e transporte do material e a terceira o cultivo da amostra em culturas específicas para os agentes etiológicos. Pode-se inferir que quando o serviço de saúde disponibiliza esses dois tipos de exame, a hemocultura é mais escolhida em detrimento do preço, apesar da PCR/RFLP encontrar o agente etiológico mais rapidamente e com maior especificidade e sensibilidade. Com essa última técnica, foi definido um padrão etiológico bacteriano comum de Streptococcus pneumoniae e Streptococcus agalactiae nas amostras. Contudo, a maioria das hemoculturas foi negativa para a pesquisa de gram positivo, gram negativo e anaeróbios
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n2.2016.5589
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