VOZES ANTIFEMINISTAS NAS REDES SOCIAIS – UMA ANÁLISE DE CONTEÚDO

Matheus Costa França, Marcia Guedes Vieira, Ana Lúcia Figueiró

Resumo


Esta pesquisa buscou mapear conteúdos antifeministas elaborado por mulheres e
disponibilizados em redes sociais, blogs, sites, canais do Youtube e estabelecer uma
comparação com os conteúdos e fundamentos teóricos feministas, a fim de compreender quais
os principais pontos de oposição ao feminismo, seus argumentos e se o conteúdo antifeminista
demonstra compreensão dos conceitos aos quais está combatendo. O papel da mulher na
sociedade vem sofrendo profundas mudanças em diversas culturas ao redor do globo. O
movimento feminista desempenha um papel fundamental em tais mudanças. No Brasil, o
movimento vem ganhando força nos últimos anos, e a internet tem sido um instrumento
importante para a divulgação e o compartilhamento de opiniões e ideias. Em oposição ao
movimento feminista, o movimento antifeminista também ganhou voz e utiliza o espaço
cibernético, com páginas, blogs e canais virtuais para disseminar seu discurso. As refutações
ao feminismo encontram fundamento nas relações sociais, materiais e de produção ancoradas
no pensamento patriarcal e senhorial que definiu as relações sociais e de poder no Brasil.
Adotou-se a perspectiva de pesquisa qualitativa, do tipo exploratória. O método utilizado foi o
de análise de conteúdo, abordando a técnica temática-categorial. O objeto de estudo foi
constituído por três fontes escolhidas para análise. A primeira fonte foi constituída pela
fundamentação teórica do feminismo na bibliografia adotada. A segunda foi formada pelos
grupos posicionados a favor do movimento feminista nas redes sociais. A terceira foi
composta pelos grupos posicionados contra o movimento feminista nas redes sociais. A
utilização do método de análise de conteúdo possibilitou perceber a grande discrepância de
opiniões das duas agendas, assim como a clara disseminação de discursos de ódio e de
informações sem fundamentação teórica do discurso antifeminista. Foi possível observar que
as páginas antifeministas no Facebook têm menos seguidores comparadas aos blogs e páginas
relacionados aos movimentos feministas, além disso as páginas antifeministas não conseguem se manter no ar por muito tempo e sofrem críticas sistemáticas de feministas e de páginas feministas conscientizadoras


Palavras-chave


Feminismo. Antifeminismo. Redes Sociais. Ativismo Digital.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5821

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