MONITORAMENTO DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM UMA ÁREA DE CERRADO NO CÓRREGO DO URUBU, BRASÍLIA-DF

Flávia Luanne Monteiro Barrêto, Letícia Mendes Batista, Carlos Alberto da Cruz Júnior, Marina Motta de Carvalho, Rodrigo Augusto Lima Santos

Resumo


O Núcleo Rural Córrego do Urubu está situado a 14 quilômetros da rodoviária do Plano Piloto, na unidade hidrográfica Santa Maria/Torto (bacia hidrográfica do lago Paranoá), inserida em duas importantes Áreas de Proteção Ambiental (APA), a do Planalto Central e a do Lago Paranoá. Essa região vem sofrendo forte pressão antrópica em especial pela especulação imobiliária. A concretização desse feito certamente influenciará na dinâmica populacional de pequenos mamíferos da área e assim a pesquisa se mostrou urgente e poderá fornecer informações relevantes de comparação pós distúrbio sobre a população de pequenos mamíferos do local. Com o objetivo de entender os padrões de dispersão, fluxo de populações e estimar a riqueza e biodiversidade na área, realizou-se o monitoramento de pequenos mamíferos não voadores na Estação Experimental de agroecologia Chácara Delfim T61, localizada no Núcleo Rural Córrego do Urubu. As campanhas foram realizadas de janeiro/2018 a agosto/2018, no início de cada mês, por cinco dias consecutivos, em duas fitofisionomias: cerrado típico e campo sujo. Na área de cerrado típico, que apresentou maior riqueza e abundância, foi disposta uma grade formada por 7 transectos lineares, com 12 pontos cada, distantes 10m um do outro, totalizando 84 pontos de captura. Na área de fitofisionomia campo sujo foi disposta uma grade formada por 6 transectos lineares, com 11 pontos cada, distantes 10m um do outro, o que equivale ao total de 66 pontos de captura. Para captura e contenção dos animais foram utilizadas armadilhas do tipo Sherman e Tomahawk (124 e 26, respectivamente), com iscas compostas por fubá, sardinha, banana e pasta de amendoim. Para todos os espécimes capturados, foram realizadas medições biométricas, através de fita métrica e pesola, e estes foram identificados quanto ao sexo e estágio de desenvolvimento. Por fim, os animais foram marcados com brincos numerados para identificação em caso de recaptura. Foi registrado um total de 47 indivíduos capturados com 36 recapturas estes dentre três espécies de roedores (Necromys lasiurus, Oligoryzomys e Cerradomys scotti) e duas de marsupiais (Didelphis albiventris e Gracilinanus agilis). Necromys lasiurus e Didelphis albiventris foram as espécies maior estimativa, com 69,41% e 20% do total de indivíduos, respectivamente, e juntas equivalem a 82,9% dos indivíduos capturados e 97,36% dos recapturados. Os resultados obtidos poderão ser utilizados para estudo e definição de projetos que certamente influenciarão na dinâmica populacional de pequenos mamíferos da área


Palavras-chave


Núcleo rural. Armadilhas. Abundância. Necromyslasiurus. Didelphisalbiventris.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5857

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