Utilização de anticorpos monoclonais no tratamento de enxaquecas
Resumo
A enxaqueca se enquadra como uma das doenças mais prevalentes na população mundial e, além disso, é uma das principais doenças incapacitantes devido a sua longa duração, difícil tratamento e pela possível presença de aura, pródromo e pós-drome, possuindo um impacto negativo na qualidade de vida do portador. A enxaqueca vai atingir principalmente indivíduos em idade economicamente ativa, reduzindo a produtividade dos mesmos e impactando todo o mercado de trabalho. Os anticorpos monoclonais foram descritos pela primeira vez em 1975, e atuam por meio de um mecanismo de ação altamente específico, gerando alta resposta medicamentosa e poucos efeitos colaterais. No campo de terapias contra a enxaqueca destacam-se os anticorpos monoclonais que inibem o Peptídeo Relacionado ao Gene da Calcitonina (CGRP), o qual se mostra fortemente relacionado com a fisiopatologia por trás das crises de enxaqueca. Dessa forma, o presente trabalho visa a investigação da literatura para revisar e elucidar o tratamento de enxaquecas com o uso de anticorpos monoclonais, analisando prognóstico e melhora dos pacientes submetidos. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, produzida entre Setembro de 2021 e Abril de 2022 por dois pesquisadores independentes. Foram identificados 1.105 artigos, dos quais 33 se incluíram nos critérios de inclusão, sendo, então, analisados. O uso dos anticorpos monoclonais, Erenumabe, Eptinezumabe, Fremanezumabe e Galcanezumabe evidenciaram em todos os parâmetros analisados melhores resultados quando comparados aos grupos placebo. Todos eles demonstraram redução no número de dias médios de enxaquecas por mês, diminuição no número de dias com crise, redução do uso de medicação aguda e melhora nos escores aplicados de avaliação de qualidade de vida. Conclui-se que os anticorpos monoclonais são uma terapia inovadora para enxaqueca e surgem como opções preventivas com boa tolerabilidade quanto aos efeitos adversos e eficácia. Novas pesquisas devem ser feitas, visando novas avaliações de eficácia e segurança a longo prazo devido a recente introdução dessa terapia, assim como também o constante desenvolvimento de novas drogas de mesma linha
Palavras-chave
migrânea; anticorpos monoclonais; eficácia
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8998
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